quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

INDICADORES DE DESEMPENHO NÃO MOSTRAM A ATUAL REALIDADE DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS

Com a progressão continuada, reprovação deixa de existir e alunos ficam sem feedback

Feedback é uma palavra muita usada no mundo corporativo que tem como objetivo dar um retorno às pessoas sobre desempenho, conduta, ou ação executada por estas, objetivando reorientar ou estimular comportamentos futuros mais adequados, e com os alunos da rede pública de ensino, este feedback não vem acontecendo por conta destes serem aprovados automaticamente graças a Progressão Continuada estabelecida pelo governo há alguns anos, deixando as famílias sem entender de que forma seus filhos foram aprovados sendo que estes não adquiriram os requisitos mínimos necessários para acompanhar os conteúdos da série seguinte.
Em entrevista com o Sr. Hermes Queirós Rocha, Consultor e Auditor na área de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade, pude perceber suas concepções acerca do ensino da língua portuguesa nas salas de aulas, bem como sobre o sistema de avaliação nas escolas, onde demonstrou horror pela forma como a língua portuguesa vem sendo ensinada e de como alguns professores aceitam o “falar errado”, o “escrever errado”, já que a correção ao aluno descrimina-o, o expõe ao ridículo, e assim, formam-se cada vez mais profissionais que não sabem ler e escrever corretamente, uma vez que a gramática, a ortografia e técnicas de redação ficam em segundo plano. Durante a entrevista, o Sr. Hermes tocou num ponto crucial de que as escolas utilizam em seu sistema de avaliação, a antiga prova (exame) que classifica o aluno em bom e ruim, sendo que em sua concepção a avaliação deveria ser contínua com acompanhamento sistemático dos alunos, dos seus avanços ou não, para saber o que eles realmente aprenderam e o que precisa ser ensinado. Disse ainda, sobre os esforços dos professores na tentativa de sanar este problema tão claro na educação e na sua impotência por causa da carga de trabalho, da indisciplina dos alunos e da dificuldade de gestão de sala de aula por alguns destes professores.
É necessário rever todo este processo de ensino da língua portuguesa nas salas de aula e sobre o sistema de avaliação nas escolas, tentando elaborar formas de encontrar indicadores de desempenho que promovam um feedback não somente aos alunos, mas às famílias e aos professores. Para isso é necessário um desdobramento não só do governo, como de toda a sociedade, para que a complexidade destes indicadores deixe de maquiar os verdadeiros resultados decorrentes de um sistema de ensino falho, que busca resultados quantitativos atrás da máscara de qualidade de aprendizado ou aprendizado de sucesso, como regem as novas diretrizes.

Eliana Prado

Importância da observação, investigação e aproveitamento de diferentes espaços para o ensino de ciências.

Alguns dilemas e desafios surgem quando pensamos na importância da observação, investigação e aproveitamento de diferentes espaços para o ensino de ciências, mas para que haja articulação entre eles, precisamos primeiro pensar em que contextos serão trabalhados e investir na formação dos professores.
É preciso aflorar o conhecimento científico no aluno o que, significa também, prepará-lo para analisar questões da contemporaneidade, desenvolver a capacidade de ouvir, falar, argumentar, estabelecer hipóteses, se posicionar frente a elas, respeitar diferentes pontos de vista e através da observação e da investigação, confrontar suas ideias com a de seus pares.
Levando em consideração os espaços da escola, as aulas em laboratório ou em outros ambientes devem ser planejadas, com objetivos claros e com boas situações de aprendizagem, obedecendo a uma sequência didática que articule teoria e prática. Consequentemente, estas situações de aprendizagem, para que se constituam em objeto de estudo científico, devem cumprir com a finalidade para a realização de um propósito que leve o aluno conhecer e valorizar o aprendizado, fazendo-o produzir experimentos e levando-o à construção de conceitos e confrontações de ideias, onde a realização do registro da sequência didática torne-se primordial para a apropriação cós conteúdos através da observação e da investigação. Além disso, o professor deverá trabalhar com situações-problema para que o aluno mobilize seus conhecimentos e busque novos para resolvê-los, utilizando-se de várias fontes de pesquisa. Neste caso, tanto o aluno como o professor devem realizar o papel de pesquisador, ficando o professor com a função de conduzir a investigação e dar condições para que seu aluno aprenda com autonomia.
Cada dia mais, os professores precisam se utilizar de criatividade no planejamento de suas aulas, para que o aluno compreenda a complexidade dos conteúdos da disciplina de ciências dentro de sua realidade.

Eliana Prado

Princípios que embasam o trabalho com a estratégia de projetos na escola.

• O que são temas transversais?
• Como se dá a relação entre temas transversais e conteúdos disciplinares?
• Qual a contribuição da metáfora da rede para o conhecimento escolar?
• O que é um projeto?
• Qual a diferença entre programa curricular e estratégia?
• Quais os passos de um projeto escolar?
• Como a estratégia de projetos pode ajudar a reorganizar os espaços, tempos e relações nas escolas?
Muito se fala do trabalho com temas transversais e projetos nas escolas hoje em dia, mas é preciso saber se realmente os professores têm se apropriado destas questões de forma pertinente e se sua prática pedagógica tem sofrido mudanças de acordo com as transformações que a educação vem sofrendo.
O papel das disciplinas diante da concepção de conhecimento como rede de relações passa ser fundamental para a construção do conhecimento, pois possibilita maior circulação de informações sobre os temas transversais trabalhados, tirando os alunos da zona de conforto quando são colocados problemas a serem resolvidos por eles, trabalhados conteúdos significativos onde o objeto de estudo possui característica sociocultural real, além dos conhecimentos adquiridos estarem vinculado à realidade local.
A metáfora da rede deverá influenciar no planejamento de atividades, na realização de um trabalho conjunto que possibilite a articulação das diversas disciplinas do currículo de forma contextualizada, rompendo com as fronteiras existentes entre elas, propiciando um aprendizado mais complexo e globalizado.
Para apreendermos os princípios que embasam o trabalho com a estratégia de projetos na escola é necessário levar em conta como os temas transversais estão sendo trabalhados nas disciplinas, se estão sendo articulados com os conteúdos das disciplinas ou não, pois esta articulação é o principio da construção do conhecimento eficaz. Mas para isso acontecer é preciso realizar um trabalho com projetos que contemple um programa curricular pensado de forma colaborativa, com um planejamento pautado na reorganização dos espaços, tempos e relações nas escolas.
Os temas transversais de acordo com os parâmetros curriculares possibilitam um trabalho interdisciplinar utilizando vários temas que expressam conceitos e valores fundamentais para que o aluno venha se tornar cidadão participativo e crítico da sociedade contemporânea, assumindo papel importante como agente transformador desta sociedade na qual vivemos e não somente espectador das mudanças.
A interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade são um caminho que nos levam às metodologias eficazes de ação-reflexão-ação, que contemplam a aprendizagem de forma global e não fragmentada como ocorre quando não há um eixo articulador entre os conteúdos e as disciplinas das ar eas de conhecimento.
Para a realização de um trabalho com projetos exigirá um envolvimento e uma integração muito grande entre os pares, um trabalho coletivo que repense a finalidade deste projeto, que na maioria das vezes tem papel de resolução de problemas colocado pela realidade social da comunidade em que nossas escolas estão inseridas, pensando principalmente quais serão as reais contribuições dos professores das diversas áreas de conhecimento para que sejam alcançados os objetivos do projeto.
A inexistência de objetivos claros para o desenvolvimento de um projeto, bem com a real necessidade para o seu desenvolvimento, pode levar às resistências dos alunos na sua realização e sua participação efetiva. Os papéis que cada um envolvido neste processo deve desempenhar devem ser práticos e consistentes de forma a favorecer a participação de todos os envolvidos sem causar mal entendidos ou conflitos que gerem interpretações distorcidas da responsabilidade do grupo como um todo.
Quando pensamos na organização e construção de uma escola participativa, pensamos na reorganização do programa curricular que tenha como objetivo a melhoria da qualidade de aprendizagem dos alunos, mas não podemos pensar em reorganizar um programa curricular com conteúdos à serem trabalhado de forma interdisciplinar, por projetos ou outras modalidades organizativas sem que as estratégias proponham um trabalho equilibrado, baseado na resolução de problemas e em análise de resultados, que envolva os alunos com conteúdos significativos para que eles levantem novos problemas e discutam soluções alternativas, estabelecendo conexões com os conteúdos das diversas disciplinas que fazem parte deste programa curricular. Mas para isso acontecer, o professor deve conhecer seus alunos, o real problema que a escola apresenta, as reais dificuldades dos alunos, acompanhamento dos avanços ou não destes alunos, dando autonomia a eles, encorajando-os a levantarem hipóteses, discutirem e a sistematizarem seus conhecimentos para assim, perceberem as diferentes formas de resolver os problemas.
É necessário redimensionar o caminho que um projeto deve seguir e todos os pontos fundamentais para a sua realização, os envolvidos e seus papéis na realização do processo, e o planejamento adequado de cada passo a ser dado.
Deve ser estabelecida também, uma rotina que contemple o trabalho pedagógico, as ações educativas e como deve ser organizado o tempo, espaço, os materiais, as propostas que serão trabalhadas e as intervenções que deverão ser realizadas ao longo do processo.
O gerenciamento do tempo e a previsão de imprevistos no desenvolvimento de um projeto devem ser analisados e constantemente, e a avaliação neste processo se torna fundamental para seu replanejamento e para eventuais mudanças no curso das ações estabelecidas para se sucesso.

Eliana Prado

Interdisciplinaridade e transdisciplinaridade

“Quando assiste a uma aula de história, cada aluno abre a gavetinha de seu arquivo mental onde guarda os conhecimentos históricos; ao final da aula, fecha essa gavetinha e abre aquela referente à matéria a ser estudada na próxima aula, e assim por diante... E como cada uma das “gavetinhas” é estanque, sem nenhuma relação com as demais, os alunos não conseguem perceber que todos os conhecimentos vivenciados na escola são perspectivas diferentes de uma mesma e única realidade, parecendo cada um deles autônomo e auto-suficiente, quando na verdade só pode ser compreendido em sua totalidade como parte de um conjunto, peça ímpar de um imenso puzzle que pacientemente montamos ao longo dos séculos e dos milênios.”
GALLO, Sílvio. Transversalidade e educação: pensando uma educação não-disciplinar. In ALVES, Nilda e GARCIA, Regina Leite (orgs.). O Sentido da escola. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2000.


Hoje, quando pensamos em educação, formação e qualidade de aprendizado de nossos alunos, nos colocamos frente à complexidade do nosso mundo e da sociedade contemporânea com toda sua diversidade política, socioeconômica e cultural. Esta complexidade por si só, dá margem para nos empenharmos na elaboração de projetos colaborativos no intuito de atingirmos nosso objetivo máximo que é o aprendizado de qualidade por todos.
Este desafio faz parte do cotidiano escolar, onde há diferentes grupos de professores com suas concepções acerca da melhor prática pedagógica, das melhores situações de aprendizagem, da melhor linha pedagógica a ser seguida, bem como parâmetros educacionais aos quais defendem, e que mesmo frente às mudanças da educação, se posicionam e abraçam aquilo que realmente acreditam.
Muitos destes professores elegem suas disciplinas como as mais importantes das áreas de conhecimento, outros estão sempre aptos a se especializarem, buscar novas metodologias que contemplem a complexidade em que se dá a construção do conhecimento, mas ainda não conseguem desenvolver um trabalho em equipe, priorizando seus conceitos e paradigmas. Há outros ainda que já estão totalmente envolvidos com as mudanças e utilizam-se de metodologias de ação-reflexão-ação e da avaliação durante todo o processo da construção de conhecimento dos alunos, buscando parcerias para o trabalho colaborativo, além de formas para atender toda e qualquer diversidade para assim, garantir o aprendizado de todos.
É dentro desta diversidade de professores com suas concepções tão divergentes que precisamos buscar formas de superar o problema apontado de acordo com os novos paradigmas da ciência.
O aprendizado não pode mais acontecer de forma fragmentada com conteúdos de pouca relevância para o aluno, uma vez que estudos já comprovam que o melhor caminho é aquele que o leva a se apropriar do conhecimento, onde o conteúdo trabalhado possui características de objeto sociocultural real, com problemas a resolver, em que ele coloca em jogo tudo o que sabe, garantindo a maior circulação de informações possíveis, levando em conta suas experiências e vivências. Os conteúdos trabalhados devem ser significativos e concretos, que despertem o conflito cognitivo no aluno, para depois, de forma mais complexa, fazer com que ele entenda a abstração globalmente.
Entra em foco a necessidade de o professor trabalhar de forma interdisciplinar, colocando a interdisciplinaridade como eixo articulador que leva o aluno à compreensão dos fenômenos naturais, sociais e culturais. Desta forma o professor deverá proporcionar ao aluno uma compreensão compartilhada e globalizada dos saberes articulados entre as áreas de conhecimento, buscando caminhos de um novo fazer científico que acabe com a desigualdade de conhecimento.
Nada disso acontece sem a contextualização regendo a articulação das disciplinas que compõem a grade curricular, pois sem este princípio pedagógico fica difícil a compreensão global dos conteúdos como acontece quando as disciplinas são ensinadas e depositadas em compartimentos separadamente na cabeça do aluno, como se este, pudesse autonomamente fazer as ligações necessárias para aprofundar seus saberes adquiridos. Quando falamos em protagonismo do aluno e neste como sujeito da construção de seu conhecimento, não podemos deixar que esta autonomia se configure como abandono. A intervenção do professor é primordial enquanto mediador deste processo de desenvolvimento das competências e habilidades do aluno para inseri-lo num campo de conhecimento mais amplo, onde possa se integrar efetivamente na sociedade, como cidadão atuante que interage e interfere sobre esta sociedade, sendo crítico, agente transformador e multiplicador de saberes.
A transdisciplinaridade é outro princípio que possibilita este trabalho coletivo e integrado, pois embora cada um dos campos guarde suas especificidades, há entre eles um intercâmbio permanente, formando novos campos de saberes científicos que concretizam a formação do aluno de forma abrangente e eficiente. Enquanto a interdisciplinaridade possibilita um diálogo entre as disciplinas a transdisciplinaridade promove o aprendizado da complexidade do conteúdo. O professor precisa se apropriar muito bem destes princípios e apoiar-se neles na busca da melhoria de sua prática pedagógica. É necessário pensar em boas situações de aprendizagem que contemple a articulação destes princípios ou a utilização de um ou do outro, desde que o objetivo seja a reinvenção de sua metodologia.
Com base nestes princípios, na cobrança da sociedade contemporânea e na dificuldade de alcançarmos a educação de qualidade que queremos, é preciso pensar a formação continuada do professor para que este alcance o patamar tão desejado quando pensamos no profissional da educação comprometido com os desafios da sociedade atual.
Para isso, é fundamental pensarmos no planejamento conjunto como instrumento que possibilite esta articulação, esta contextualização, que rompa com as fronteiras das disciplinas para que juntas sejam capazes de fazer o aluno ver e entender o mundo de forma holística, em sua rede infinita de relações e em sua complexidade.
Eliana Prado

Quais as principais características da linguagem audiovisual que poderiam ser consideradas para auxiliar o professor na organização do ensino de Ciências da Natureza?

Percebe-se atualmente, a necessidade de diferenciar as aulas dentro do âmbito escolar, na tentativa de despertar nos alunos o gosto pelas descobertas em todas as áreas do conhecimento. Para isso, é necessário que o professor utilize em sua prática pedagógica as inovações tecnológicas na atualidade, contribuindo assim, para alcançar seus objetivos no ensino de Ciências da Natureza.
Para isso será necessária a realização de um processo de adequação dos recursos tecnológicos que serão utilizados nas aulas, pois alta tecnologia não é sinônimo de sucesso das aulas, mas sim o planejamento e a aplicabilidade destes recursos como auxiliadores do processo de ensino e aprendizagem.
Lendo os textos-base da semana 5, percebi que além do cinema, dos vídeos e das HQs, há um leque de possibilidades para se trabalhar com as linguagens audiovisuais na sala de aula e que contempla a contextualização histórica, além de contribuir para a construção do conhecimento do aluno de forma mais efetiva.
Para isso, as práticas pedagógicas devem significativas e quando o professor faz uso de recursos tecnológicos com um planejamento sério e responsável, sua utilização torna-se um eixo articulador da linguagem audiovisual com o tema a ser trabalhado, pois como diz o ditado: “Uma imagem diz mais que mil palavras”.
Precisamos fazer uma reflexão e avaliação do trabalho que vem sendo desenvolvido na escola para pensarmos num planejamento que contemple de forma abrangente a articulação da linguagem verbal e não-verbal. Realizar um trabalho com textos multissemióticos, por exemplo, atrelados ao contexto de um estudo científico possibilita ao aluno maior compreensão do que está sendo ensinado, valorizando o aprendizado deste, pois terá maior contato com textos de origem científica.
Trabalhar com as propagandas da mídia e relacioná-las aos temas desenvolvidos na sala de aula é outra característica fundamental que pode ser utilizada dentro das modalidades organizativas, quando o professor trabalha uma atividade independente, pois isso traz à reflexão das atualidades que são discutidas na sala de aula e que estão acontecendo no mundo. O próprio aluno pode criar propagandas em vídeos, teatros, painéis, etc. para se apropriar co conteúdo trabalhado, seja através de imagens ou mesmo dramatização.
Outra característica pertinente seria a pesquisa pela internet, através da orientação do professor que deve montar um blog com um tema científico, onde os alunos possam postar comentários sobre o que aprendeu na aula e tornar sua participação efetiva postando até mesmo, seus trabalhos. A relação professor/aluno deve ser trabalhada e incentivada de forma a manterem contato mesmo fora da sala de aula através da comunicação que os recursos tecnológicos possibilitam.
Estes recursos são armas fundamentais para que o professor instigue seus alunos a trazer uma contribuição para aula, implementando dentro de sua aula à prática desenvolvida dentro de uma escola aprendente.
A importância da utilização de recursos audiovisuais no ensino de ciências auxilia na construção do conhecimento intelectual do aluno através de propostas concretas de aprendizagem, onde o conteúdo trabalhado não está dissociado do cotidiano dos alunos, o que estimula seu interesse e participação.
A utilização intensiva de recursos audiovisuais e da linguagem audivisual como estratégia de ensino, leva os alunos a vivenciar problemáticas que fazem parte de seu cotidiano em uma visão integradora.
A formação do professor deve ser ressaltada aqui, pois a mesma deverá ser voltada para a utilização da linguagem audiovisual como parte fundamental para alcançar êxito em seu trabalho e o seu planejamento das aulas deve privilegiar a utilização de recursos como estratégia essencial para que o processo de ensino e aprendizagem se torne significativo para alunos.
O laboratório também deve ser utilizado como linguagem audiovisual, onde os experimentos realizados tenham caráter investigativo para que os alunos possam levantar hipóteses da realização destes experimentos e possam assim, comprovar suas hipóteses levando-os a formarem suas próprias concepções.
Outra característica inquestionável, embora seja considerada antiga é a utilização de slides para os alunos se apropriarem do conteúdo através de imagens analisadas e discutidas dentro do contexto do tema que está sendo abordado, além de fazerem uso deste recurso para elaborarem seus trabalhos e apresentarem estes também através de slides para a sala e para o professor.
Para que isso ocorra é necessário que o professor realize um exercício de imaginação e criatividade, onde ele coloca em jogo tudo o que sabe para compartilhar o conhecimento com seus alunos, tornando-se professor inovador com práticas pedagógicas atuais e motivadoras, que além de explorar todas as habilidades e competências dos alunos, ofereçam um clima de aprendizado favorável ao aluno, utilizando-se de metodologias de ação-reflexão-ação para chegar ao objetivo proposto de seu planejamento que é o aprendizado de qualidade de todos os alunos.
Muitas são as características da utilização da linguagem audiovisual como agentes auxiliadores na organização do ensino das Ciências da Natureza, aprofundando o conhecimento do aluno e despertando seu gosto pela ciência e pela descoberta através de uma educação experimental e da compreensão do estudo científico.
Outro exemplo seriam as câmeras digitais (valem os celulares) que poderão dar grande assistência sendo utilizadas como instrumento descritivo do ambiente natural e urbano, da diversidade de fauna e flora, dos fenômenos naturais, da degradação e na preservação de ambientes influenciada por grupos de preservação do meio ambiente e da sustentabilidade.
E sem falar da música, com a utilização de sons, seja da natureza, de animais, como ruídos do nosso cotidiano que nem nos damos conta. A elaboração e criação de músicas com temas científicos, lançados como atividade de desafio como numa gincana, onde grupos cantam para outros grupos, com ritmos escolhidos pelos alunos, colocando-os como protagonistas, valorizando o trabalho realizado por eles.
É...se deixar a mente entra em devaneios e começo a sonhar! Mas sonhos se realizam não é?

Eliana Prado